Quando o Waze avisa “tempo estimado no engarrafamento x minutos” o estresse aumenta quase que instantaneamente, não é mesmo? Uns optam por ouvir músicas, podcast ou até mesmo batucar no volante. Mas há uma saída imbatível contra a irritação no trânsito: a mobilidade sustentável.

Ela está cada vez mais presente nas grandes metrópoles brasileiras pois mostra eficientes soluções para a locomoção. Sendo assim se você não aguenta o trânsito congestionado, não deixe de ler este artigo. Nele vamos explicar o que é mobilidade sustentável e dar algumas dicas para colocá-la em prática. Confira!

O que é mobilidade sustentável?

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Em São Paulo gasta-se geralmente uma hora e meia por dia para ir e voltar do trabalho. Estima-se que em 35 anos será perdido 1 ano e 5 meses no trânsito. Ninguém quer perder tempo, não é mesmo? Por isso a mobilidade sustentável surge da necessidade de criar um ambiente mais agradável e ecológico para os habitantes em oposição ao transito caótico.

Esse conceito nada mais é do que o compartilhamento de veículos, a substituição de um veículo motorizado por um não motorizado e tecnologias que criam formas de se locomover menos poluentes.

O que os especialistas falam sobre mobilidade sustentável?

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No evento Sustainable Brands, grandes empresas se juntam para falar de sustentabilidade. Em 2017 o segundo dia de evento foi exclusivamente dedicado para falar de mobilidade sustentável. Grandes empresas como, Ben e Jerry’s, Itaú e Glosat, estiveram presentes no evento para falar o seu ponto de vista e sugestões para a mobilidade urbana.

Foram debatidos quatro temas: “mobilidade sistêmica: um olhar expandido”, “muitas mobilidades: a perspectiva muda conforme os modais”, “novas tecnologias, alternativas e mercado” e ” cocriação do painel a mobilidade e eu”.

Quais são as tendências da mobilidade sustentável?

As palestras apontaram para 5 principais tendências em relação a mobilidade sustentável:

  • A tecnologia vai ser a principal fonte da mobilidade sustentável: possibilita combustíveis limpos, novos formatos de automóveis e maior velocidade de locomoção.
  • Estimulo a mobilidade ativa: essa tendência é consequência de um estilo de vida que prioriza a saúde. Assim vamos optar cada vez mais por uma locomoção dinâmica, como bicicletas ou até mesmo caminhadas.
  • Resgate dos espaços públicos: não é possível pensar em mobilidade sustentável com as calçadas deterioradas e ciclofaixas espremidas ou até mesmo inexistentes. Por isso haverá um engajamento maior em preservar e melhorar os lugares de comum acesso.
  • Transportes públicos como indutores de transformação: o transporte público também é um ponto que precisa melhorar com urgência. Pelas situações precárias, muitos deixam de optar por essa forma de locomoção. Porém, com maior pressão da população por mudanças, é esperado melhoras nessa forma de mobilidade.
  • Volta da regionalização, priorizar pela vida local: essa tendência aponta que vamos valorizar cada vez mais o bairro que moramos, comprando de produtores locais, trabalhando próximo de casa e frequentando comércios regionais.

Ficou curioso para saber mais? Você pode assistir na íntegra todas as palestras ocorridas no evento.

Quais os melhores documentários sobre mobilidade?

Luto em luta

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Esse documentário traz uma visão triste, porém realista do trânsito urbano. Por meio de depoimentos de vítimas e familiares, associados à imagens dos acidentes, mostram o dia a dia da mobilidade caótica em São Paulo. Também aparece a opinião de especialistas de trânsito, médicos, psicanalistas, jornalistas e políticos.

Bikes vs Cars

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Pensando em questões ambientais, Bikes vs Cars, relata sobre os danos causados por empresas automobilísticas. Assuntos como perda dos recursos naturais, mudanças climáticas e urbanização, são muito discutidos nesse filme. Assim como relatos de ciclistas e a comparação entre cidades com maior circulação de bikes ou maior tráfego de carros.

Urbanized

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Falando mais sobre arquitetura, Urbanized mostra diversos projetos de construções públicas. Cidades do mundo todo aparecem no documentário instigando o questionamento sobre quem tem o poder de alterar a realidade urbana e qual o futuro esperado. Além disso, famosos projetos de Sir Norman Foster, Rem Koolhaas, Jan Gehl, Oscar Niemeyer, Amanda Burden e Enrique Peñalosa são debatidos no filme.

Como posso colocar a mobilidade sustentável no meu dia a dia?

1. Bikes compartilhadas

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Com a expansão de ciclofaixas e aumento da disponibilidade de bikes compartilhadas, andar de bike nunca foi tão fácil e seguro. Além disso, hoje há uma linha de equipamentos e acessórios fundamentais para ciclistas urbanos. Inúmeras marcas já criaram suas próprias bicicletas compartilhadas, bastando baixar o aplicativo, cadastrar seus dados e retirar na estação. O maior destaque é a Yellow Bike, a qual permite que a bicicleta seja deixada em qualquer lugar de uma área limitada, não possuindo uma estação de retirada e entrada específica. Outros exemplos são Bikes Itaú e CicloSampa.

2. Patinetes compartilhados

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Os patinetes elétricos são a maior novidade pelas ruas de São Paulo, sendo uma forma divertida e ecológica de se locomover. A Yellow Bikes, já mencionada no tópico anterior, expandiu sua ideia inicial e já aderiu a essa tendência. Uma outra marca que investe nesse segmento é a Grin.

3. Carona compartilhada

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Há ainda a opção de compartilhar a viagem com alguém! Assim seu trajeto pode ter uma companhia agradável e poupa o ambiente porque evita que a outra pessoa pegue um carro só para ela. O Waze Carpool faz isso muito bem, pois pensou em todos os cuidados necessários para pegar e dar carona com segurança.

É preciso apenas fazer o cadastro, colocar o local de destino e o horário em que precisa chegar e depois é só aguardar. Também é possível que você ofereça a carona, fazendo um processo semelhante ao informar o destino e a hora que sai de casa, bastando aguardar até alguém que compartilha da mesma rota aparecer.

4. Veículos elétricos

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https://www.icarros.com.br/noticias/geral/porto-seguro-adota-carrinhos-renault-twizy-em-sua-frota/22499.html

Apesar de ainda serem pouco acessíveis, os veículos movidos a energia elétrica ou a água são o futuro das empresas automobilísticas. Andando por São Paulo você já deve ter se deparado com aquele característico carro da Porto Seguro. Além de não depender de combustíveis como a gasolina e o álcool, que são muito poluentes, o carro é compacto e não ocupa metade da rua para transportar só uma pessoa. Assim é uma opção melhor para o meio ambiente.

5. Respeitando o rodízio de automóveis

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Esse certamente é o item mais conhecido da lista. A ideia de ter dias e horários em que determinados carros não podem circular é uma boa solução para o transito insano da cidade. Porém, muitos dão “jeitinhos” de burlar o rodízio. Como comprar carros com placas diferentes para poder ter todos os dias com circulação livre. Essa atitude, além de antiética, é bem egoísta, não pensando pela comunidade toda como é a proposta da mobilidade sustentável.

Gostou deste artigo? Então continue a visita no blog e saiba como inserir a bike na rota do seu trabalho e fique ainda mais inteirado no assunto.

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