O consumo é um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento da sociedade, mas também é uma das causas do esgotamento de recursos naturais, desmatamento de áreas verdes, práticas insustentáveis de produção que visam atender demandas cada vez mais urgentes e imediatas.
A economia circular anda na contramão dessa visão sobre o consumo, e propõe mudanças significativas na forma como se enxerga essa prática tão presente no cotidiano.
É hora de entender o que é a economia circular e quais os conceitos que ela traz consigo, além de conferir algumas dicas para adotar estratégias de consumo responsável e sustentável. Confira!
Conheça o cradle to cradle
Cradle to cradle ou C2C é o nome de um livro escrito por William McDonough. Esse livro foi tão importante que se tornou um grande destaque dos debates do movimento ecológico, com status de manifesto.
O termo cradle to cradle pode ser traduzido como “do berço ao berço”, e é uma visão da vida útil dos produtos através de outra perspectiva. A tendência é pensar no processo “do berço ao túmulo” (cradle to grave), já que existe a extração de matéria-prima, produção, uso e descarte.
É por isso que foi um avanço impressionante, já que representa uma nova visão da gestão de recursos: através de um método circular que não somente cria e descarta, e sim cria e reutiliza. Cada vez que um produto é reutilizado e volta ao início do ciclo, é um retorno ao berço – do berço ao berço.
Essa metodologia é sustentável e segura, o que é um benefício para as pessoas e para o meio ambiente. Em um produto podem existir componentes biológicos e componentes técnicos. Para a economia circular, é necessário diferenciar esses dois componentes, para que os biológicos retornem como substância nutriente aos sistemas naturais, enquanto os técnicos são reaproveitados em processos que não retiram a sua qualidade, como o caso do upcycle. Upcycling é um processo de repensar, de forma criativa, mantendo a qualidade, a possibilidade de reinventar algo que já foi considerado “morto”. É reutilizar, readaptar, retornar um produto ou material às perfeitas condições de uso. Tudo isso no lugar de simplesmente descartar e gerar mais resíduos e desperdícios.
Ecologia industrial soa diferente para você?
Parte do pensamento ecológico mundial, que vê a economia circular como uma estratégia potente para a redução do impacto negativo das ações da indústria no meio ambiente, tem pensado na ecologia industrial como um campo de estudo promissor. Ecologia industrial é um termo que, por si só, já soa diferente do que é usual. Isso porque geralmente as noções de indústria são mantidas distante da de ecologia, como campos que não se cruzam sem que haja esforço exclusivo para isso. A sustentabilidade é vista como um processo a ser adotado por empresas, por exemplo, e nem sempre é instintiva essa abordagem única de indústria e meio ambiente.
Apesar de ainda causar um pouco de estranhamento, esse termo surgiu na década de 70, e vem se desenvolvendo em países como Japão e Estados Unidos. Ele preza por uma relação integrada e cooperativa entre indústrias, com a finalidade de produzir de modo integrado, para que os resíduos que são gerados com esse processo produtivo se tornem matéria-prima ou subproduto para outra indústria ou em outro processo.
Essa produção integrada e colaborativa é muito mais efetiva para reduzir níveis de poluição, desperdício e melhorar a reutilização e a gestão de resíduos. Em resumo, a ecologia industrial é parte integrante e essencial da economia circular, já que o reaproveitamento é um ponto-chave.
Economia circular e design regenerativo
O design regenerativo é uma alternativa amplamente discutida à medida em que as pessoas percebem que o modelo econômico que sustenta a produção atual chegou em seu limite. Esse limite trouxe fortes consequências para o meio ambiente, e não é viável para se sustentar durante muito tempo, sem que isso torne as condições ainda mais alarmantes.
Design regenerativo tem esse nome porque o objetivo é justamente regenerar a matéria-prima utilizada, os recursos naturais aplicados e as fontes de energia. É uma forma de reequilibrar a balança onde se pesa a indústria, a produção, o consumo, as pessoas e o meio ambiente. A economia circular é uma das maneiras mais seguras para que a sociedade continue seu desenvolvimento, em diversas áreas, mas sem causar a degradação cada vez maior do planeta.
Esses avanços precisam ser acompanhados pelos consumidores, e felizmente existem marcas que buscam amenizar o impacto ambiental com produção e entrega de produtos sustentáveis, que fomentem o consumo consciente. A Insider produz roupas com tecidos sustentáveis, provenientes de madeira de reflorestamento que, graças à tecnologia, são feitos para durar anos em seu guarda-roupa. Com design minimalista, atemporal e qualidade superior às peças comuns, são muito diferentes de produtos que surgem como moda repentina, o que te distancia cada vez mais de um comportamento consumista e nocivo.
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