Sem tempo para ler? Clique no play e ouça o conteúdo sobre doomscrolling!

Em tempos de globalização e rápida disseminação das notícias, dezenas de tragédias chegam a todos os smartphones diariamente. Como consequência, foi desencadeado o chamado doomscrolling.

O termo é atribuído a um comportamento pertencente à era digital que afeta a saúde mental. Impelidas pelo desejo inconsciente de buscar informações negativas, as pessoas que passam pelo problema não saem do looping “notícia ruim > tristeza > notícia ruim”. Este assunto é importante e merece ser abordado!

O que é doomscrolling?

A palavra “doomscrolling” significa “rolagem arruinada” (“doom” = arruinar / “scrolling = rolar a página). Ou seja, está relacionada ao hábito nocivo de consumir uma grande quantidade de conteúdo prejudicial nas redes.

Bastante diferente da ação rotineira de ler notícias e manter-se informado, o doomsurfing — como também pode ser chamado — é persistente. Em outras palavras, trata-se de um impulso que desperta emoções prejudiciais, mas que o leitor/espectador/ouvinte não consegue se desvencilhar.

Dessa forma, a tendência de continuar na web à procura de tragédias para nutrir a hiperinformação deprimente caracteriza o distúrbio. Como tal, deve ser adequadamente diagnosticado e tratado.

Como o doomscrolling pode ser identificado?

 doomscrolling

Desde que foi identificado, o doomscrolling passou a ser amplamente estudado por profissionais da saúde comportamental. Segundo algumas análises, o problema pode estar relacionado ao medo de perder algo.

Isso justificaria a necessidade que os pacientes demonstram de estar on-line constantemente. Entretanto, isso é só a ponta do iceberg. Pessoas consideradas doomscroller, que sofrem do distúrbio, podem apresentar os seguintes sinais:

  • checar o celular em busca de manchetes várias vezes ao dia;
  • ler notícias ruins por muito tempo;
  • sentir que perdeu informações importantes ao ficar pouco tempo sem conferir o celular;
  • consumir vários conteúdos sobre o mesmo assunto negativo à procura de um ponto positivo;
  • sentir-se “sugado”, triste, no limite da frustração, mas, ainda assim, ler matérias que fazem mal;
  • relegar outras tarefas para ler ou sofrer por notícias negativas;
  • ter dificuldade para dormir devido ao noticiário.

Por que o ser humano age dessa forma?

É natural que pandemias, massacres, guerras e violências, por exemplo, envolvam alto grau de sofrimento. Nesses cenários, o mecanismo de defesa do ser humano é buscar algo que transmita alguma segurança ou esperança para afastar o pavor.

Dessa maneira, o inconsciente continua a ler, sem parar, tudo sobre determinada pauta para encontrar tal ponto de alívio. Isso não seria um problema se o comportamento não se tornasse compulsivo. Logo, sem perceber, o tópico negativo vira uma fixação e coloca o doomscroller em estado de alerta.

Qual é o impacto do doomscrolling sobre o cérebro?

Uma das principais funções do cérebro é procurar ameaças e trabalhar para combatê-las. Assim, o doomscrolling é encarado como um grande vilão pelo órgão. Afinal, ao se expor a tanto conteúdo nocivo, a mente considera aqueles perigos iminentes e prepara-se para o “combate”.

Ou seja, uma série de hormônios do estresse, como o cortisol, são liberados e causam a hiperexcitação. Como consequência, o corpo pode paralisar, enquanto as emoções ficam nebulosas e entorpecidas.

O que fazer para combater o doomscrolling?

Para não ser vítima do doomscrolling, o primeiro passo é estar ciente quanto ao impacto negativo das redes sociais e da internet, usadas indiscriminadamente. Além disso, existem outras medidas que podem ser colocadas em prática.

Analisar racionalmente

Sempre que você consumir determinado material, é imprescindível fazer uma análise racional do assunto. Isso significa tentar deixar as emoções um pouco inertes em um primeiro momento. É válido tentar entender que a preocupação com o tema não deve causar angústia a ponto de paralisar.

Ficar off-line

 doomscrolling

A cada dia que passa, parece mais difícil manter certa distância do ambiente virtual. As redes sociais são constantemente alimentadas e checadas, por exemplo, o que oferece uma enxurrada de informações. Desse modo, é fundamental estabelecer limites e ficar um pouco off durante uma parte do dia.

Procurar o lado positivo

Obviamente, é preciso tomar muito cuidado para não viver uma fantasia, em que tudo é perfeito, e todos os problemas da sociedade são ignorados. Todavia, na mesma proporção, é essencial procurar algo positivo na rotina diária.

Não é fácil lidar com os problemas da humanidade, por isso, é importante tentar equilibrar as emoções. Então, se cinco notícias ruins foram lidas, é muito benéfico para o cérebro que outras cinco boas sejam acessadas.

Focar no palpável

Embora a tecnologia seja indispensável à vida moderna, os momentos em contato com o “mundo real” não devem ser negligenciados. Mesmo com um universo incrível na internet, o doomscrolling pode ser evitado ao fazer uma caminhada, conversar pessoalmente, estar em contato com a natureza, etc.

Conexões positivas | Insider Store

banner

A Insider Store é extremamente conectada, por isso as tecnologias mais avançadas estão sempre no radar. Afinal, todos os produtos são desenvolvidos a partir de muitos recursos tecnológicos. Porém, o cuidado que a marca tem com o meio ambiente se estende à sociedade.

Trabalhar por um mundo mais saudável e promover o consumo consciente, tanto de mercadorias quanto de conteúdos, são duas das premissas da Insider Store. Portanto, cuide da sua saúde mental, desconecte-se por alguns instantes, concentre-se em você e encontre o equilíbrio!