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Em algum momento da vida, você já deve ter ouvido ou mesmo reproduzido algo que virou moda. Em caso positivo, pode surgir uma certa curiosidade acerca de como isso acontece. Como as coisas se tornam tendências de moda? E como são mapeadas essas tendências? O coolhunting é uma ótima resposta para essas dúvidas!

Como as tendências de moda surgem? 

Para compreender o que é coolhunting, tudo começa com as chamadas macrotendências. Elas são tendências em nível global, muito mais amplas do que uma moda local. São o resultado direto do impacto de movimentos ou correntes socioculturais que exercem influência em aspectos econômicos e de consumo, ou mesmo de transformações sociais que modificam os padrões de comportamento do consumidor.

As macrotendências são fundamentais para a indústria da moda e marketing, porque funcionam como um guia, uma diretriz sobre o status dos comportamentos em escala mundial. Com esse mapeamento de posicionamentos, a análise de tendências se torna estratégica, essencial para dar fundamentos a novas formas de produção, desenvolvimento de produtos e consumo.

Dessa forma, para a identificação das tendências de moda, resultantes da análise e interpretação das macrotendências, surge a figura do coolhunter ou caçador de tendências. 

Afinal, quem é o coolhunter e onde ele atua? 

coolhunting

O coolhunter ou caçador de tendências é um profissional-chave em indústrias criativas como a moda e o marketing. Quando se trata da moda, ele se torna necessário porque o sistema de moda passou por uma série de mudanças até chegar a esse cenário atual.

Inicialmente, as pessoas mais ricas (da nobreza e aristocracia)  eram os responsáveis por ditar o que era moda e o que não era, mesmo que sua moda fosse inalcançável para o povo.

Um tempo depois, com a possibilidade de produção em larga escala (resultado da Revolução industrial), a moda se tornou muito mais popular – um bom exemplo de transformações sociais influenciando a moda.

Tudo isso mostra que a moda vai além da forma de se vestir. O sistema  de moda é complexo porque é impactado pela união do vestuário a algo maior, em um contexto social, político e sociológico.

Foi assim que passou a ser necessário um profissional coolhunter, que colhe todas essas informações sobre padrões de comportamento, desenvolve inovações e as transforma em diretrizes para novas coleções de moda. 

Ações do coolhunter

Na prática, o coolhunter faz essa busca e análise de tendências. Sua realização conta com métodos assertivos de identificação e interpretação. São o norte para profissionais já consagrados da indústria da moda, e são os “salvadores” de quem deseja se inserir nesse meio ou abrir novos negócios e não sabe por onde começar. Ou seja, conseguem traduzir as macrotendências em oportunidades de negócio. Como eles fazem isso?

  • O profissional é, acima de tudo, alguém informado. É preciso ter domínio e conhecimento sobre o que acontece praticamente no mundo todo na política, em inovações tecnológicas e científicas, economia, cinema, música e muito mais.
  • No coolhunting, toda essa informação citada e absorvida é vista a partir do seu potencial de reflexão no cotidiano e na vida das pessoas. 
  • Por fim, é feita uma análise sobre como essas pessoas transformam toda essa informação e ação do mundo ao seu redor em comportamentos de consumo.

Essas pesquisas são tão fundamentais para a indústria da moda, que foi criada uma figura profissional para se responsabilizar por sua execução e desenvolvimento do coolhunting, ou seja, uma caça por tendências. Interessante, não? 

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Exemplos de coolhunting 

Um exemplo bastante positivo do que antes foi uma prospecção e hoje se concretizou, prevista com aplicação da estratégia do coolhunting, é a tendência de valorização da sustentabilidade na moda.

Movimentos como slow fashion e upcycling já refletiam uma mudança no comportamento dos consumidores em relação à sustentabilidade, que os coolhunters já compreendiam como uma tendência com potencial duradouro.

Hoje, as empresas com responsabilidade socioambiental são mais bem vistas e valorizadas, graças à sua colocação assertiva de uma postura sustentável em um momento no qual isso se demonstra como uma preocupação.