Em 2011 foi criada a Wildlife, uma empresa de games brasileira que surgiu a partir da ideia de dois jovens empreendedores e irmãos chamados Victor e Arthur Lazarte, junto com o co-fundador chileno Michael Mac-Vicar.

Os idealizadores viram que os smartphones estavam se tornando mais populares nesse período, e então deduziram que essa popularidade poderia resultar no surgimento de uma demanda por jogos para celulares.

Assim fundaram,  inicialmente com o nome de Top Free Games (TFG), renomeada em 2019 como Wildlife Studios, a empresa que se dedica a criação de jogos gratuitos para smartphones, contando com mais de 2 bilhões de downloads em seus diversos jogos disponíveis.

Trajetória e ascensão da wildlife

A Wildlife Studios surgiu com um investimento de US$100, na casa dos pais de Victor e Arthur Lazarte, em São Paulo, quando os dois resolveram se inserir em um mercado novo, criando jogos para celulares.

Já em seu primeiro ano de existência lançaram seu primeiro sucesso, o Racing Penguin, que atingiu a marca de 100,000 de downloads por dia, sendo então considerado o segundo game mais baixado do mundo.

Em 2012, a startup alcançou ainda mais sucesso com o lançamento do jogo Bike Race, e em 2014 lançou o Sniper 3D, que segue entre os jogos mais baixados do mundo.

O sucesso em seus lançamentos possibilitou o investimento em melhorias nos times da empresa e nas ferramentas dos jogos, o que alavancou o crescimento da Wildlife e a transformou em uma das maiores empresas desenvolvedoras de mobile game do mundo.

Em 2019 a empresa recebeu um aporte do fundo norte-americano Benchmark Capital, responsável por investimentos em negócios como Instagram e Snapchat, e se tornou um unicórnio – termo usado para definir empresas avaliadas em pelo menos US$1 bilhão – sendo então uma das maiores empresas brasileiras de tecnologia.

O crescimento da Wildlife não parou por aí. Durante um determinado período da pandemia alcançou 2,6 bilhões de downloads e cresceu entre 30% e 50%, atraindo novos investidores, sendo em 2020 avaliada em US$3 bilhões, por estar em um ótimo momento e por crescer anualmente até 70% desde 2014.

Modelo de negócio estratégico adotado

A empresa conta com cerca de 700 funcionários, divididos entre os quatro países nos quais possui escritórios: Brasil, EUA, Irlanda e Argentina, com pretensões de se expandir ainda mais.

Seu modelo de negócio é o chamado freemium, que funciona com o oferecimento do game na plataforma de modo gratuito ao usuário, mas com a possibilidade de adquirir melhorias, bens virtuais e acelerar o seu progresso no jogo através do pagamento de determinada quantia em dinheiro.

O aporte financeiro gerado pelos usuários pagantes é uma espécie de cash cow para a empresa, esse termo é usado em empreendimentos que rendem além do investimento necessário para fazer a ferramenta funcionar. Também existem lucros obtidos com os anúncios nos jogos.

Em relação aos jogos, um de seus diferenciais é a permanência da preferência de muitos jogadores. No mundo dos games, é comum existirem jogos que se popularizam rapidamente, viram uma “febre” e desaparecem após um período de tempo. É como se as pessoas enjoassem desses jogos, ou simplesmente o jogo se tornou obsoleto e apareceu um mais moderno e atrativo no lugar.

No caso da Wildlife, seus principais jogos permanecem em alta e entre os mais baixados do Iphone e do Android, como é o caso do Sniper 3D, lançado em 2014 e Tennis Clash, de 2019.

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A trajetória da Wildlife é marcada por sucesso em seus lançamentos e aplicações de estratégias para maximização do lucro. O momento escolhido para começar o negócio foi bastante assertivo, já que tornou a empresa uma das pioneiras no ramo, com crescimento constante mesmo em um momento de crise, motivo suficiente para impressionar  e atrair mais investidores e usuários.