Sem tempo para ler? Clique no play e ouça o conteúdo sobre o documentário Solo Fértil.

O documentário ecoeducacional, “Solo Fértil” (Kiss the Ground, em inglês) da Netflix, estreou em setembro de 2020. O filme foi dirigido por Josh e Rebecca Tickell, é narrado pelo ator e ambientalista Woody Harrelson, e tem uma lista de produtores e produtores-executivos, incluindo a modelo brasileira, Gisele Bündchen.

O documentário explica de forma simples a relevância da proteção do solo para a sobrevivência dos ecossistemas e da sociedade humana, e mostra como todos podemos ser agentes da mudança. Com projetos e conceitos já experimentados e comprovados, a crise climática não só pode ser freada, mas em alguns casos também pode ser  revertida.

Se pensarmos nas mudanças climáticas, certamente a primeira coisa que imaginamos é a poluição por meio das fábricas, engarrafamentos ou gados amontoados em lugares pequenos. Na verdade, essas e muitas outras realidades são as principais fontes de emissão de gases de efeito estufa (GEE), mas se quiséssemos reverter tudo o que está acontecendo, deveríamos simplesmente parar de produzir esses gases?

Embora reduzir as emissões seja essencial, a solução não é tão simples. Os gases liberados na atmosfera podem permanecer nela por centenas de anos. Precisamos retirar o carbono da atmosfera, e a chave para isso pode estar no solo: ele tem a capacidade de acumular uma grande parte de CO2 e sequestrá-lo da atmosfera, tornando-se uma fonte de armazenamento ainda maior de carbono no futuro.

Solo Fértil: uma solução para reverter as mudanças climáticas

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A tese central do documentário propõe que aumentar a saúde dos solos é a única forma de reverter as mudanças climáticas que ameaçam a humanidade com grandes catástrofes socioambientais: desertificação, escassez de água, derretimento de geleiras, diminuição da biodiversidade, entre outras.

Solo Fértil nos faz entender que a solução para a maioria dos nossos problemas está na forma como nos relacionamos com o solo.

Especialistas e diversas celebridades envolvidas no ativismo climático, como o ator Ian Somerhalder, Patricia Arquette, o cantor Jason Mraz, além de Gisele Bündchen e o marido Tom Brady, participaram do documentário. Eles falam sobre a importância do solo para a crise climática e como todos podem contribuir fazendo pequenas mudanças no dia a dia para que a crise não piore, muito pelo contrário, a curva ascendente de CO2 pode ser reduzida. 

Agricultura regenerativa 

A forma tradicional de agricultura e pecuária baseada no uso em larga escala de agroquímicos, monoculturas, entre outras técnicas, afetam diretamente a saúde do solo e, consequentemente, os níveis globais de carbono na atmosfera e o ritmo das mudanças climáticas. 

Sabemos qual a importância da agricultura no mundo atual, mas ao praticar a agricultura regenerativa, um sistema de plantio direto, sem produtos químicos, projetado para apoiar e proteger a saúde do solo, podemos cultivar plantas mais saudáveis, sequestrar mais carbono e, finalmente, reverter a mudança climática. 

O narrador, Woody Harrelson, chama a agricultura regenerativa de “uma solução simples, uma maneira de curar nosso planeta” e pede aos espectadores “que salvem nosso solo na esperança de que o solo possa nos salvar”.

Embora focando principalmente na agricultura americana, o documentário inclui exemplos inspiradores da África, China e Haiti. No entanto, também tem relevância universal, visto que as práticas agrícolas intensivas prejudiciais desenvolvidas nos Estados Unidos são usadas em todo o mundo e, assim, as soluções regenerativas são amplamente aplicáveis.

Este documentário revela a insustentabilidade do atual modelo de produção e propõe uma alternativa sustentável e amiga do ambiente. Para fazer frente às mudanças climáticas, temos que mudar nossa maneira de ver a Terra. 

Ao cuidar do solo, cuidamos de nós mesmos e é disso que trata este documentário. Um solo fértil, não só gera alimentos saudáveis, mas também nos protege, e para isso é necessário que seja um solo vivo, diverso em seus micro-organismos.

Tecnologia têxtil para a redução do impacto ambiental

Assim como o tipo de agricultura não sustentável mais utilizado atualmente, a indústria têxtil é uma das mais poluentes do planeta. Por isso, um dos pilares da Insider é a moda sustentável. 

Nesse sentido, todos os produtos da Insider são desenvolvidos de forma a gerar o menor impacto possível no meio ambiente. Como exemplo, o modal, principal matéria prima usada na confecção dos produtos, que utiliza até 4 vezes menos água no processo de produção do tecido, é proveniente da madeira de reflorestamento que captura CO2 ao longo do ciclo de vida da árvore, além de ser livre de pesticidas e inseticidas e se degrada em cerca de 3 anos após descarte em aterro sanitário.

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