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Steve Blank é um nome bastante conhecido no universo do empreendedorismo. Não é à toa seu título de professor dos empreendedores, já que seu domínio de técnicas e estratégias no ramo é gigantesco. 

Se você é um empreendedor ou tem vontade de saber como empreender com lições dadas por quem sabe do que fala, é hora de conhecer mais sobre Steve Blank e as suas principais contribuições e dicas de empreendedorismo. É só seguir com essa leitura!

Quem é Steve Blank?

O mestre do empreendedorismo Steve Blank nasceu em Nova York, Estados Unidos, no ano de 1953.

Apesar do título de destaque no ramo, nem sempre foi um empreendedor. Curiosamente, trabalhou consertando aviões de combate na Guerra do Vietnã, já que ingressou na Força Aérea durante esse período. Descobriu aí sua aptidão para tecnologia e leitura de dados.

Já no final da década de 70, ele chegou ao Vale do Silício no que considera como o início do período de boom, mais precisamente em 1978, e esse é um fato que contribuiu para sua trajetória de construção de empresas e startups.

Depois de sua aposentadoria em 1999, Steve percebeu que viveu situações das quais era possível retirar valiosas reflexões e, a partir destas, lições que serviriam de aprendizado para outros profissionais.

Era hora de transmitir esse conhecimento de uma maneira mais sólida, e porque não escrever um livro?

Foi o momento ideal para a criação de Four Steps to the Epiphany, livro que chegou ao Brasil com o título “Do Sonho À Realização Em 4 Passos: Estratégias para Criação de Empresas de Sucesso”, disponível hoje por valores que variam entre R$45,00 e R$70,00. 

Steve Blank lançou outros livros em coautoria, e depois passou a ensinar sobre empreendedorismo em universidades consagradas como  Stanford,, Columbia, NYU e outras que somam em seu histórico. 

Startup Enxuta e lições de Steve Blank

Lições Steve Blank

Um dos movimentos mais conhecidos no mundo do empreendedorismo foi lançado por Steve Blank – o lean startup ou startup enxuta. A ideia é ajudar empresas a agirem de forma mais eficiente, ao mesmo tempo em que gastam menos e otimizam/aproveitam ao máximo o seu maior ativo: as pessoas.

A ideia de startup enxuta se transformou em conteúdo de um livro guia de empreendedores escrito por Eric Ries, um seguidor de Steve Blank. Toda a teoria gira em torno da criação de hipóteses que podem e devem ser validadas a partir do contato com as pessoas, lês-se clientes. Com os resultados, as startups podem visualizar melhor suas chances de sucesso no mercado.

Startups não são miniaturas de grandes empresas

Uma lição importante trazida pelo empreendedor é que as regras do mundo corporativo podem não se aplicar a um negócio iniciante como uma startup. As grandes empresas têm recursos  e um tamanho de público que não faz parte da realidade das startups, então o comportamento destas últimas não deve ser igual. Pensar que tem em mãos uma miniatura de grande empresa é o que faz muitos empreendedores tomarem decisões equivocadas e falirem. 

Na prática, enquanto grandes empresas lançam seus produtos para uma base gigantesca e pré existente de clientes, as startups devem seguir um caminho mais seguro: constroem uma base de clientes e então, ao conhecer esses clientes e suas necessidades, lançam o produto adequado.

As startups não são iguais entre si

Quando uma startup nasce, inicialmente ela pode seguir dois caminhos lógicos: ir por um mercado já existente ou explorar um mercado novo.

Ambos têm seus desafios particulares. No primeiro, é mais fácil prospectar clientes e mais difícil lidar com a concorrência. No segundo, ao contrário, é relativamente difícil encontrar e projetar uma base de clientes, enquanto se torna muito mais fácil não lidar com (tanta) concorrência.

Outras duas alternativas conhecidas são: ressignificar um mercado já existente ou atender uma parcela de pessoas que não tem sido atendida pelo mercado dominante. 

A questão é que todas essas particularidades fazem com que as startups sejam bastante diferentes entre si. As variações de estratégias, abordagens de marketing, aceitação, lucratividade e vendas são imensas, e é por isso que é necessário abandonar a ideia de que startups são todas iguais e que, por isso, o que vale para uma vale para as demais – não é assim que funciona, segundo as lições de Steve Blank.

Steve Blank e o desenvolvimento de clientes

Uma das suas lições é a respeito de uma estratégia para que as startups avancem gradualmente: é o Customer Development, traduzindo,  “Desenvolvimento de Clientes”. Ele é dividido em 4 partes: 1) Descoberta de clientes, 2) Validação de clientes; 3) Criação de clientes; 4) Construção da empresa.

No desenvolvimento de clientes, é preciso sair da zona de conforto do escritório e ir conversar com pessoas reais, que são os potenciais clientes. É preciso começar pelo aprendizado, e esse aprendizado traz insights positivos capazes de nortear as próximas ações. É uma atividade constante de coleta de feedbacks e aplicação dos resultados na otimização do produto.

O produto deve atender as necessidades do seu cliente, logo, ninguém melhor do que ele mesmo para validar as hipóteses que você deseja colocar em prática. E isso não deve ser feito com perfecionismo, sob pena de lançar um produto desatualizado no mercado apenas por ter ficado tempo demais planejando o resultado ideal.

É preciso identificar a necessidade e lançar a “solução” de imediato, para receber os feedbacks necessários e adaptar o seu produto às necessidades apresentadas de forma gradual, assertiva e em um ciclo ágil.

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Existe uma fórmula mágica para empreender?

Uma das lições mais valiosas sobre empreendedorismo é a de que é necessário estudo, preparo, técnica e experimentação para estar no caminho certo. Não existe uma fórmula mágica e a prova de falhas, porque o mercado em si já não permite essa previsibilidade total e é marcado pelo dinamismo.

Apesar dessa falta de fórmula mágica, o conhecimento é um ótimo aliado de quem quer mergulhar no universo do empreendedorismo com mais chances de sucesso. Quanto mais conhecer  as lições que os principais nomes do ramo, como Steve Blank, maiores as suas referências positivas. Confira mais conteúdos sobre empreendedorismo no blog da Insider!