Em tempos difíceis, a empatia é a aptidão que nos permite compreender as outras pessoas para progredir e superar as diversidades. É também uma habilidade indispensável no caminho da mediação. Mas você sabe o que significa empatia?
O sentido dessa palavra de origem grega, é a capacidade de compreender as coisas da perspectiva de outra pessoa. Compartilhar sentimentos e emoções e, tentar entender por que os estamos vivenciando. Colocando-nos no lugar dos outros, às vezes a empatia é o simples ato de compartilhar o que o outro sente.
Ao contrário da simpatia, que é um sentimento de afinidade, interesses e valores incomum com determinada pessoa, a empatia implica em nos desvencilharmos de nossos valores, vieses e preconceitos para compreender o outro, independentemente da pessoa em questão.
A capacidade empática e o olhar isento de valores subjetivos para com o outro, nem sempre são atitudes fáceis. Ainda mais quando precisamos abrir mão do nosso próprio bem-estar para se preocupar com o do outro. Para isso, é necessário ter autoconhecimento, fazer uma profunda reflexão sobre o respeito enquanto seres humanos e, principalmente, estar disposto a ouvir.
Como colocar a empatia em prática?
Existem muitas formas de definir essa aptidão e, portanto, praticá-la. Como qualquer people skills, é preciso praticar a empatia para criar um hábito e, para isso, existem três tipos de empatia que podemos utilizar:
– Empatia cognitiva
Consiste em perceber e compreender, é a capacidade de levar em conta as perspectivas de outra pessoa, colocando-se mentalmente no lugar do outro. É a empatia cognitiva é muito necessária para resolver conflitos ou integrar um novo membro à comunidade.
– Empatia emocional
Empatia emocional é quando você realmente sente o que a outra pessoa sente, quando você chora ao ver outra pessoa chorar, ou você fica feliz pela alegria do outro. Essa capacidade afetiva é o alicerce das relações humanas.
– Empatia compassiva
A empatia compassiva é a ação, quando somos tão comovidos por algo ou alguém que nos leva a ajudá-los. Por exemplo, ajudar uma pessoa com deficiência a atravessar a rua ou doar alimentos para uma família com poucos recursos.
O que é escuta ativa?
Desde que nascemos somos estimulados a falar, mas não aprendemos a escutar. Entretanto, o exercício da comunicação não é apenas falar, existem diversas formas de se comunicar, assim como a comunicação verbal, existe a comunicação não-verbal e a comunicação corporal. Além disso, toda comunicação pressupõe a relação entre dois ou mais seres, ou seja, o ato de se comunicar exige um emissor e um receptor.
“Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular. Escutar é complicado e sutil…” – Rubem Alves
A escuta ativa é uma das ferramentas mais eficientes para fomentar a empatia e abre espaço para que o locutor se sinta ouvido. Aprender a ouvir o outro também faz parte da comunicação e ouvir requer que prestemos total atenção à pessoa que fala. É um ato de humildade e um dos exercícios mais valiosos dentro da prática da empatia. Escutando, nós aprendemos também a nos expressar melhor e sermos pessoas melhores.
“Ao falar você apenas repete o que já sabe, mas ao ouvir, talvez possa aprender alguma coisa”. – Dalai Lama
A escuta ativa e empática é o primeiro passo para a comunicação não violenta, uma abordagem desenvolvida por Marshall Rosenberg capaz de estimular a compaixão e empatia para mediar conflitos e estabelecer relações pacíficas com o outro.
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O poder da empatia no ambiente corporativo
Em alguns ambientes corporativos podem existir comportamentos tóxicos, como falar com os funcionários de maneira áspera ou vexatória, que tendem a resultar na falta de empatia entre superiores e seus subordinados.
Infelizmente, nem todo mundo está preparado com a aptidão para sentir os sentimentos e emoções dos outros, é um comportamento que precisa ser nutrido. E no que diz respeito às pessoas em uma empresa, é essencial que todos tenhamos empatia e respeito por elas. Por isso, a liderança empática é uma das principais características dos melhores líderes.
O poder da empatia no ambiente corporativo reflete não apenas em um bom convívio social, mas também no desenvolvimento pessoal e profissional de cada membro, equipe e companhia como um todo.
Quando conseguimos ver as coisas de uma perspectiva diferente, ganhamos novos e preciosos insights sobre como outra pessoa pode estar pensando. Além disso, melhora a comunicação, aumenta a colaboração, incentiva a criatividade e aumenta a produtividade, pois os funcionários terão um desempenho melhor naturalmente se sentirem conectados ao seu líder e estiverem mais satisfeitos com o trabalho.
Portanto, os líderes mais eficazes e empáticos prestam atenção e estão comprometidos com o bem-estar de seus liderados, fazendo com que se sintam valorizados muitas vezes por meio de pequenos gestos.