As máscaras são uma das principais formas de proteção nesse período de pandemia. É extremamente necessário utilizar sempre que sair de casa, em especial nos locais fechados, com um grande volume de pessoas e para caminhar nas ruas, já que encontramos, durante o percurso, diversas outras pessoas.
Mesmo assim, apesar de estarmos acostumados a vestir as máscaras antes de sair, devido ao longo tempo decorrido desde que essa obrigatoriedade foi instituída, ainda existem dúvidas sobre como escolher uma boa máscara de proteção, até mesmo para quem opta por uma simples máscara de tecido.
Por isso, acompanhe esse guia sobre máscara de tecido, veja quais são as melhores recomendações e descubra se está no caminho certo para se manter protegido!
MÁSCARA DE TECIDO E SUA EFETIVIDADE: COMO MEDIR?
Ao contrário do que muitos podem pensar, não basta estar com uma máscara no rosto para estar efetivamente protegido contra a contaminação por vírus. O material da máscara de tecido caseira, por exemplo, importa e muito na consideração do fator proteção. Vamos a algumas especificações:
Máscara caseira
A Organização Mundial da Saúde (OMS), recomenda que a máscara caseira ou as máscaras de tecido comum tenham três camadas de tecido. Dentre essas camadas, precisaria existir uma camada externa de material resistente à água para conter a entrada ou saída de gotículas de saliva, assim como possuir uma camada interna de material que possa absorver a água. A terceira camada seria a intermediária, uma espécie de filtro.
Essa máscara caseira para o rosto precisa cobrir toda a boca, nariz e queixo, e tem a recomendação de ser fabricada com algodão, poliéster e polipropileno (fibra sintética).
O teste feito pela Universidade de São Paulo a respeito da filtragem das máscaras de tecido fabricadas com algodão apontou que a média de filtragem é de 40%, ou seja, elas deixam passar cerca de 60% das partículas.
Máscara de TNT
Além das opções de tecido citadas, a máscara de TNT, produzida com polipropileno, é uma das opções mais seguras, segundo testes desenvolvidos pela USP.
Essa máscara soma proteção e respirabilidade, e é uma opção mais barata, já que é feita de TNT. Entretanto, muita atenção, porque essa proteção foi garantida nas máscaras produzidas com TNT mais uniforme, do tipo SMS, que possui três camadas. Existem outros tipos de TNT que não são uniformes e apresentam vácuos no material, que podem ser suficientes para a passagem do vírus.
Colocar a máscara de TNT contra a luz é uma boa forma de visualizar se esses espaços estão muito presentes. Caso estejam, não se trata do modelo indicado, que oferece proteção entre 78% e 87%.
Máscara Antiviral
Além desses modelos, existe a máscara facial de tecido antiviral. Nesta, apesar de ser máscara de tecido, a composição é feita com duas camadas, já que se trata de um tecido com tecnologia antiviral.
Os tecidos utilizados pela Insider, por exemplo, são: viscose (modelo Comfort) e poliamida (modelo Block) com tratamento de íons de prata.
Os testes a respeito das máscaras antimicrobianas foram feitos pela UNICAMP, e comprovam que esse tecido é capaz de desativar vírus e bactérias rapidamente, com 99,9% de eficiência. Outra vantagem desse modelo é que protege da contaminação direta e cruzada.
Por último, os estabilizantes utilizados em sua produção são de origem vegetal, o que torna o produto não citotóxico, ou seja, sem contraindicações ou riscos à saúde.
E QUANTO AOS MODELOS NÃO RECOMENDADOS?
Uma máscara de tecido comum, que esteja fora das diretrizes da OMS, no geral, não é recomendada.
Além dessas, existe a máscara de tricô, que os infectologistas já deram a palavra final a respeito do assunto: máscaras de tricô não protegem. Esse tipo de tecido é composto por algumas brechas. A metáfora dada à situação, para ilustrar a gravidade, é que utilizar máscara de tricô para a proteção contra o vírus é como colocar água em uma peneira.
Outro modelo não recomendado é a máscara com válvula. Esse modelo só protege o usuário, e não os que estão à sua volta, de forma que não é tão eficiente para evitar a propagação da doença. O Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) foi um dos primeiros órgãos a alertar contra o uso de máscaras com válvula.
Vale lembrar que, em todos os casos, os cuidados com a higienização das mãos antes e depois de tocar as máscaras é imprescindível. Também é preciso respeitar o tempo limite de uso das máscaras, com exceção do modelo antiviral, que pode ser usado o dia todo. As demais devem ser trocadas entre cada duas e quatro horas.
Então, se você ainda tem dúvidas sobre qual máscara escolher ou se deve continuar utilizando o modelo escolhido, essas informações sobre máscara de tecido podem te ajudar a estar um pouco mais seguro para decidir!
